A Geração Z não apenas consome Carnaval, ela redefine a forma como a festa acontece no digital e no físico. Enquanto marcas tradicionais ainda tentam entender como capturar a atenção desse público hiperconectado, algumas já perceberam que o caminho para um Carnaval memorável passa pelo entretenimento, pela interatividade e pela co-criação.
Mas o que faz uma campanha realmente conversar com essa geração? Como transformar uma ação de marketing carnavalesca em algo que viraliza, gera engajamento real e converte? Neste artigo, exploramos o comportamento da Geração Z durante o Carnaval, os formatos de conteúdo que mais performam e como influenciadores digitais e social commerce estão mudando o jogo das campanhas sazonais.
O que a Geração Z espera das marcas no carnaval?
O Carnaval para a Geração Z não é só festa: é expressão de identidade, cultura pop e pertencimento. Esse público não quer apenas consumir campanhas publicitárias, mas fazer parte da experiência.
Ao contrário das gerações anteriores, que se contentavam em assistir comerciais e receber mensagens publicitárias, a Geração Z quer criar, remixar e interagir com as marcas. O engajamento não acontece por acaso: ele nasce da autenticidade e da conexão com temas que essa geração valoriza.
Os pilares de uma campanha de Carnaval para a Geração Z
- Representatividade real – Esse público busca marcas que valorizam diversidade, inclusão e liberdade de expressão. Campanhas que reforçam padrões ultrapassados ou são superficiais não têm espaço aqui.
- Formato first, mensagem depois – Se uma campanha não nasce com a mentalidade de TikTok e Reels, dificilmente terá o impacto desejado. A mensagem precisa ser adaptável, remixada e pensada para a linguagem das redes sociais.
- Experiências digitais e interativas – Enquetes, challenges, filtros de realidade aumentada e ativações gamificadas são essenciais para capturar a atenção desse público.
- Influenciadores como criadores, não apenas divulgadores – A Geração Z confia mais em influenciadores autênticos do que em celebridades mainstream. Os creators precisam ter liberdade para adaptar a campanha à sua linguagem.
O que funciona? Formatos de conteúdo que conectam
TikTok e Reels: a nova TV da Geração Z
Se uma marca quer estar na cabeça desse público, ela precisa estar onde eles estão. E isso significa criar campanhas nativas para TikTok e Instagram Reels. Vídeos curtos, trends virais e conteúdos que incentivam a participação ativa da audiência são os que mais convertem.
Um exemplo é o desafio #BrahmaNoCarnaval promovido pela Brahma. A marca usou o TikTok para lançar um trend com coreografias, filtros interativos e desafios, incentivando os usuários a criarem seus próprios conteúdos. A estratégia transformou consumidores em promotores espontâneos da marca.
Interações em tempo real
A Geração Z não quer campanhas “engessadas”. O tempo real importa, e marcas que conseguem surfar nos assuntos do momento têm mais chances de se destacar.
No Carnaval de 2023, a Beats aproveitou o hype de músicas virais e lançou enquetes em seus stories para que o público escolhesse a trilha sonora de ativações ao vivo. Essa abordagem gera um senso de pertencimento e participação, essencial para engajar essa geração.
Filtros e realidade aumentada
Se um filtro se torna viral, ele passa a ser o rosto do Carnaval no digital. Marcas como Quem Disse, Berenice? já exploraram esse conceito criando filtros de maquiagem carnavalesca que os usuários podiam testar e compartilhar nos stories. Esse tipo de ação gera tráfego orgânico massivo e ainda reforça o posicionamento da marca.
O Papel dos influenciadores e do Social Commerce no Carnaval
Creators são a nova publicidade
A Geração Z confia mais em influenciadores do que em comerciais de TV. Mas isso não significa contratar qualquer pessoa com milhões de seguidores e pedir para divulgar um produto. A chave do sucesso é permitir que os creators adaptem a campanha à sua própria linguagem.
A Beats by Anitta é um case perfeito. Em vez de apenas divulgar o produto, a marca criou uma experiência colaborativa com influenciadores, permitindo que eles desenvolvessem narrativas próprias dentro da campanha. O resultado? Um buzz gigantesco e vendas impulsionadas organicamente.
Live Shopping e Social Commerce: Carnaval como experiência de compra
A compra não acontece mais só no site da marca. Plataformas como Instagram e TikTok se tornaram verdadeiros shoppings digitais. No Carnaval, isso significa usar social commerce para transformar desejo instantâneo em conversão rápida.
No ano passado, a Shein aproveitou a febre dos looks carnavalescos e realizou lives com influenciadores mostrando suas coleções em tempo real, com links diretos para compra dentro do próprio app. O formato eliminou barreiras entre inspiração e ação, gerando um aumento significativo nas vendas.
Como construir uma campanha de Carnaval que conquista a Geração Z
- Priorize TikTok e Reels – O conteúdo precisa nascer para esses formatos, e não ser apenas adaptado.
- Transforme consumidores em participantes – Use filtros, desafios e interações em tempo real para engajar.
- Use influenciadores como criadores, não apenas divulgadores – Dê liberdade para que adaptem a mensagem.
- Ative o social commerce – Torne a jornada de compra mais rápida e integrada ao conteúdo.
- Esteja preparado para interagir no tempo real – Responda, comente e participe da conversa com autenticidade.
ara se conectar com a Geração Z no Carnaval, não basta aparecer. É preciso fazer parte da festa. As marcas que mais se destacam não são aquelas que falam sobre o Carnaval, mas as que se integram à cultura e participam dela de forma genuína.
Com o formato certo, um tom de voz autêntico e uma estratégia de engajamento bem pensada, o Carnaval pode ser o melhor momento para conquistar um público jovem, conectado e pronto para interagir com sua marca.
Agora é a sua vez. Sua campanha vai ser só mais uma no feed ou vai entrar para a conversa de verdade?